Chegamos a uma casa murada, aparentemente bem cuidada por fora. No portão havia uma placa "Vende-se pamonha". Ao entrarmos, observamos uma fogueira e uma panela cheia de pamonhas além de muitas espigas e cascas de milho espalhadas por todo
o quintal. A casa era bem simples e parecia ter apenas cinco cômodos. Tinha cachorro, televisão e videogame! Ali, mora uma criança de apenas oito anos que pesa cinquenta quilos. G passa o dia inteiro jogando videogame e por isso não consegue criar hábitos alimentares saudáveis. A nutricionista do NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família) passou uma dieta para ele e a agente de saúde estava ali a fim de acompanhar o andamento da situação. Uma das mudanças sugeridas pela dieta foi o hábito de comer de três em três horas, a avó da criança, Dona E., falou que é muito difícil fazê-lo comer nesse intervalo, mas estão tentando. Dona E. disse que a criança é sedentária porque não tem nenhuma outra criança na casa com quem G possa brincar. Essa senhora além de acolher um neto, também acolhia um filho que é viciado em crack. Esse filho, que não é pai de G, batia muito nele ao chegar em casa sob o efeito da droga. Felizmente, esse rapaz não mora mais com eles. "Depois que ele foi embora as coisas melhoraram na casa e tivemos paz novamente" conta Dona E. sobre a saída do filho. O pai de G ajuda com uma pensão de 140,00.
